quinta-feira, 3 de novembro de 2011

AS METAMORFOSES DA CAPOEIRA (RESUMO)


“ESCOLARIZAÇÃO”, ACEITAÇÃO SOCIAL E UM NOVO PROFISSIONALISMO (1930 – ATUAL)

Entre 1920 e 1930 a questão da identificação e da construção de uma cultura nacional estava no centro do debate intelectual. Buscava-se a construção de uma “brasilidade” ideal, um referencial de valores culturais autenticamente nacionais. E é aí que se encaixa a capoeira, como forma de uma arte 100% nacional, porém, esta precisava deixar a marginalidade, sair das ruas e ir para as academias, ter métodos, práticas, ser organizada.

Com a Revolução de 1930 e a política populista de Getúlio Vargas a capoeira encontra forças para voltar a crescer no país. Nesse contexto surgem emergem 2 estilos de capoeira (Regional e Angola) com base programática e sistematizada com noções de eficácia. Mestre Bimba inaugura a 1ª academia de capoeira em 1932, ensinando seu método chamado Regional.

A saída da capoeira das ruas para as academias fez com que se perdesse muito do componente lúdico dessa arte, pois de certa forma foi “mecanizada”, mas por outro lado, ganhou muita eficiência pelo seu método de ensino.

A capoeira começa a ser ensinada em escolas especializadas (academias), no exército, polícia, aparece em desfiles públicos como forma de expressar e afirmar a nacionalidade e o valor cultural brasileiro.

Em 1941, Mestre Pastinha, como resposta ao movimento de Mestre Bimba e sua Capoeira Regional, cria o Centro Esportivo de Capoeira Angola, ensinando o estilo Angola, mais antigo e tradicional, mas que também passou por transformações, se comparado à capoeira primordial e a capoeira da época das Maltas e Bandos. Pastinha cria um novo método sistematizado, também ensinado dentro de academias, um método mais tradicional e ritualístico se comparado com a regional.

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